Vinte e seis brasileiros e israelenses resgatados pelo governo federal na Faixa de Gaza e trazidos para o Brasil na segunda-feira (13) deixarão Brasília nesta quarta (15) com destino à Base Aérea de Guarulhos, em São Paulo. Depois de ser recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na segunda-feira (13) e passar duas noites em Brasília, o grupo de repatriados deixará a capital para reintegração à vida no Brasil.
Ontem dia (14), o governo federal promoveu uma força tarefa para imunização de crianças e adultos e regularização de documentos desses repatriados. Dez deles, que têm nacionalidade palestina – foram inscritos no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), enquanto crianças, adolescentes e adultos tiveram suas cadernetas de vacinação atualizadas. Não houve recusas em receber os imunizantes.
A regularização da documentação se fez necessária para que esses repatriados possam se inscrever nos programas assistenciais do governo federal, como o Bolsa Família, além de terem acesso aos Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e Centro de Referência de Assistência Social (Cras) dos estados onde passarão a viver.
Dos 32 repatriados, quatro deles permanecerão em Brasília junto com familiares, enquanto dois partem em um voo doméstico para Florianópolis (SC) para se encontrar com parentes. O restante, seguirá em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) para São Paulo. Lá, pelo menos 14 deles serão encaminhados a um abrigo público no interior do estado, onde, além de moradia, receberão alimentação e auxílio psicossocial. A ideia é que essas pessoas recebam também encaminhamento profissional, no caso dos adultos, escolar para as crianças e cursos de português para os que só falam árabe ou inglês.
Nenhum dos palestinos pediu status de refugiado e todos poderão trabalhar e estudar no país com visto temporário de residência. “Esse é um processo que não vai ocorrer de forma rápida e simples e qualquer necessidade será atendida ao longo desse acompanhamento”, garantiu o secretário Nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho.
Além do suporte militar da FAB, que cedeu os alojamentos de oficiais para hospedagens dos repatriados, agentes da Organização das Nações Unidas (ONU) com experiência em atendimento em áreas de conflito, da Força Nacional do SUS e tradutores ajudaram no atendimento dos resgatados em Brasília.
“Por quanto a poeira ainda não baixou e eles estão vivendo essa demanda de imprensa, de passagem por Brasília e chegada aos novos destinos, então será necessário esse acompanhamento contínuo já que os sintomas psicossociais ainda não foram todos manifestados”, explicou o diretor do Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência do Ministério da Saúde, Nilton Pereira Júnior.
Da Redação Na Rua News