A partir de 1º de junho de 2025, mulheres trans não poderão mais participar de competições femininas de futebol na Inglaterra. A decisão foi anunciada na quinta-feira (1º/05) pela Federação Inglesa de Futebol (FA), que justificou a medida com base em uma recente decisão da Suprema Corte do Reino Unido.
A Suprema Corte britânica determinou, em 16 de abril, que a definição legal de “mulher” deve se basear exclusivamente no sexo biológico. A decisão teve repercussões diretas nas políticas esportivas, influenciando não só a FA, mas também a Federação Escocesa de Futebol (Scottish FA), que adotará regra semelhante a partir da temporada 2025/2026.
Em nota oficial, a Football Association afirmou que, embora seu objetivo seja tornar o futebol acessível ao maior número de pessoas possível, é necessário respeitar o que está previsto na legislação atual. “Reconhecemos que essa decisão será difícil para pessoas que desejam simplesmente jogar o esporte que amam, de acordo com o gênero com o qual se identificam”, declarou a entidade.
A FA também informou que entrará em contato com todas as mulheres trans atualmente registradas na federação para explicar as mudanças e apresentar alternativas de participação.
Já a Scottish FA disse que fornecerá orientações sobre como a nova política será implementada, incluindo as opções de participação disponíveis para pessoas transgênero.
A medida é reflexo de uma batalha judicial que durou quatro anos entre o governo escocês — historicamente favorável aos direitos trans — e o grupo For Women Scotland, que questionava a inclusão de mulheres trans em espaços legalmente definidos para mulheres cisgênero.
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