O número de pessoas empregadas cresceu no ano passado comparado com o ano anterior e alcançou o valor mais alto desde 2011. Em 2023, estavam empregadas 4.978.500 pessoas, mais 2% (97.100) do que em 2022.
De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística analisados pelo semanário, a taxa de desemprego nacional agravou-se, mas fixou-se em valores abaixo dos esperados pelo Governo. No ano passado, a taxa de desemprego ficou nos 6,5%, 0,4 pontos percentuais acima do valor de 2022.
Devido ao forte impacto da inflação nos rendimentos das famílias portuguesas, mais de 16.000 trabalhadores viram-se obrigados a ter uma segunda atividade profissional em 2023, elevando, assim, o número de portugueses com dois empregos para 251.100, o número mais alto desde 2011.
Grande parte destes profissionais tinha formação superior (141.900), seguidos dos que detinham o ensino secundário (55.800) e o básico (53.300). Mas, no entanto, segundo os dados fornecidos ao Expresso, foi entre os trabalhadores com menores qualificações (ensino básico e terceiro ciclo) que o duplo emprego mais aumentou em 2023 (10,8%) comparativamente a 2022. De seguida, surgem os profissionais com o ensino secundário e pós-secundário (6,9%) e os que possuem formação superior (5,6%).
Os contratos precários – contratos a termo e prestações de serviços, por exemplo – também aumentaram pela primeira vez desde 2019 para 17,4%, 0,9 pontos percentuais acima de 2022.
O indicador de subutilização do trabalho – população desempregada, subemprego de trabalhadores a tempo parcial, inativos à procura de emprego, mas não disponíveis, e os inativos disponíveis que não procuram emprego – aumentou 3,3% em relação a 2022, elevando este valor para 640.500 pessoas (+20.300).
Da Redação Na Rua News