Os inquéritos a criminalidade económico-financeira, corrupção e criminalidade conexa aumentaram 28,8% em 2023, sendo o maior número de investigações abertas relativas ao crime de branqueamento de capitais, indica o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI).
Segundo o RASI 2023, que foi hoje entregue pelo governo à Assembleia da República, nas tipologias de crime destaca-se a “prevaricação de titular de cargo político”, onde se verificou um acréscimo de 138%, seguido da “corrupção ativa no setor privado” (60%), “participação económica em negócio” (58%), “peculato de uso” (58%), “branqueamento” (47%) e “abuso de poder” (46%)
“Em sentido oposto, denota-se que as tipologias de insolvências, que baixaram 15%, fraude e desvio de subsídio (menos 12%), crimes fiscais e aduaneiros (menos 22%), corrupção ativa no desporto (menos 20%), corrupção de titulares de cargos políticos (menos 13%), corrupção passiva (menos 7%) e recebimento indevido de vantagem (menos 10%) mantiveram, em 2023, a tendência decrescente já iniciada em 2022”, indica o documento.
No tocante à constituição de arguidos por relação aos tipos de crime, o crime de “branqueamento” representou a infração com o maior número de arguidos, 20% do total.
Paralelamente, no que respeita a detenções no âmbito da criminalidade económico-financeira, regista-se, desde 2020, uma tendência gradual crescente de detenções neste tipo de criminalidade. O RASI 2023 regista 121 detidos (mais 26%), dos quais 74% do sexo masculino.
O número de arguidos baixou 13,9%, descendo para um total de 852.
O RASI revela que foi na categoria dos “crimes fiscais e aduaneiros” – na qual se integra a fraude fiscal, a recetação e o contrabando – que foi registado um maior aumento de detenções (mais 16%), todas respeitantes ao sexo masculino.
Da Redação Na Rua News