Dois militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) foram detidos na quarta-feira, 21 de maio, em Tavira, cidade litorânea no extremo sul de Portugal. Segundo comunicado oficial, os agentes um de 23 anos e outro de 25 teriam abordado diversos estrangeiros, principalmente indianos e paquistaneses, exigindo pagamentos ilegais e, em alguns casos, recorrendo a violência física.
A prisão resultou de uma apuração interna que detectou “condutas gravíssimas” na patrulha. “A investigação começou com o controle rotineiro da cadeia hierárquica sobre documentos gerados pela atividade policial. Irregularidades surgiram, aprofundamos a análise e identificamos indícios claros de crime”, explicou o tenente-coronel Carlos Canatário, porta-voz da GNR.
Além da acusação de extorsão, o Ministério Público apura o crime de concussão quando o servidor público se aproveita do cargo para obter vantagem patrimonial indevida. Os investigadores relatam que as vítimas eram induzidas ao erro ou tinham o dinheiro simplesmente confiscado. “Contamos com forte cooperação dos Departamentos de Investigação e Ação Penal de Faro e Tavira, aliada a meios especiais de prova, o que permitiu chegar a este desfecho”, acrescentou Canatário.
Em nota, a GNR reforçou “tolerância zero” para qualquer prática que viole a deontologia policial, prometendo “agir com total rigor e transparência, sobretudo quando os suspeitos vestem a própria farda da instituição”. Os dois militares atuavam em Tavira havia cerca de dois anos e, pelo que se sabe, limitavam o esquema à região.
Os detidos serão apresentados ao Tribunal Judicial de Faro para o primeiro interrogatório, quando o juiz definirá as medidas cautelares. O processo segue em segredo de justiça e novas diligências estão em curso.
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