Cerca de 20 estudantes do grupo Greve Climática Estudantil bloquearam na manhã de hoje (14) todas as entradas para o Conselho de Ministros, em Algés, no concelho de Oeiras. Devido aos protestos, chegou a ser ponderado alterar o local do Conselho de Ministros para o Palácio de São Bento, o que acabou por não acontecer. Pelo menos quatro ativistas foram detidos no final do protesto que bloqueou as entradas do complexo junto ao rio Tejo, como deu conta a repórter da SIC, Ana Geraldes, a acompanhar a reunião do Conselho de Ministros.

Os estudantes usaram cola e alguns ficaram emparelhados com tubos de ferro que tapam as mãos e os braços, estando agarrados uns aos outros nas portas de acesso ao edifício das instalações do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
“É inaceitável que os governos não coloquem nas reuniões a crise climática no centro da mesa de discussão. A humanidade registou os meses mais quentes de sempre e vai ser mais intenso. Já sabíamos disto quando começámos os primeiros protestos em 2019”.
“Estamos a bloquear todas as entradas onde vai decorrer o Conselho de Ministros. Estamos colados aos portões e em outros casos usamos tubos de ferro”, disse Beatriz Xavier, porta-voz dos ativistas.

PSP reforça presença junto ao protesto climático
A Unidade Especial da Polícia de Segurança Pública reforçou a presença em frente à entrada principal das instalações onde deveria decorrer o Conselho de Ministros e foi bloqueada por 20 ativistas climáticos.
Entretanto, a Avenida Alfredo Magalhães Ramalho, junto a uma rotunda que dá acesso à entrada principal das instalações, em Algés (concelho de Oeiras, distrito de Lisboa), foi bloqueada por veículos da Unidade Especial.
Os trabalhadores do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e de outros organismos que funcionam no complexo onde deveria decorrer a reunião do Conselho de Ministros – e que se encontram no exterior – foram afastados pela polícia, que deixou isolados os manifestantes presos aos portões.
A reunião do Conselho de Ministros estava prevista para as 9:30, mas devido ao protesto teve início com cerca de meia hora de atraso.
