Com uma lista de 25 reivindicações, os trabalhadores da Agência para Integração, Migrações e Asilo (AIMA) vão fazer greve de 22 de agosto até 31 de dezembro deste ano. O pré-aviso foi entregue nesta semana ao governo, de acordo com um documento a que o DN teve acesso.
A greve foi convocada pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais e vai abranger todos os trabalhadores da federação, independentemente do vínculo contratual. O órgão esteve reunido com representantes do Executivo a 1 de agosto, tendo aí sido apresentadas as principais reivindicações dos funcionários. De acordo com o sindicato, o encontro teve a participação de um “chefe do gabinete do secretário de Estado e um assessor para os assuntos da AIMA”. O sindicato lamentou que o secretário de Estado não tenha participado da reunião. “É quem tem competência política para a decisão”, destaca no documento.
A lista de 25 “necessidades/constrangimentos” passa por todas as áreas da agência, como a ausência de regulamento interno e de comunicação entre direção e funcionários, o não pagamento de horas extraordinárias aos mediadores culturais e falta de meios para se deslocarem. É cobrada também a criação de mais canais de comunicação entre a AIMA e os utentes, de modo a “aliviar a pressão sobre o único canal de comunicação disponível”. Neste momento há apenas dois números de telefone disponíveis, sendo recorrentes as reclamações de pessoas que ligam milhares de vezes por dia e não conseguem ser atendidas. Um centro de contacto foi anunciado para o primeiro semestre, mas não se concretizou.
Da Redação Na Rua News