Amigos de Flávio de Castro Sousa, fotógrafo brasileiro de 36 anos desaparecido em Paris desde o fim de novembro, entregaram à polícia francesa, na quinta-feira (12/12), o computador e o celular dele. O filósofo e professor Rafael Basso, morador de Paris e amigo de Flávio, informou à imprensa que, além dos aparelhos eletrônicos, foram entregues três escovas de dentes de Flávio à polícia, com o intuito de possibilitar exames de DNA, caso necessário.
Basso afirmou que a polícia francesa só recebeu os dispositivos eletrônicos 16 dias após o desaparecimento, no dia 12 de dezembro. “Gostaria de saber por que a polícia se interessou somente agora. [Ainda não recebemos] nenhuma pista ou novidade. A lentidão da polícia aqui nos desespera”, declarou. Segundo ele, os aparelhos estavam em sua posse, mas o celular está bloqueado e o acesso ao conteúdo ainda não foi possível. “Esperamos que os aparelhos sejam periciados o mais rápido possível”, completou.
Nas redes sociais, Basso disse que prestou depoimento à polícia francesa, mas que foi orientado a não divulgar o conteúdo de seu relato. Além disso, informou que as malas de Flávio já foram entregues à Embaixada do Brasil em Paris. Em 4 de dezembro, o nome do fotógrafo foi adicionado à lista de desaparecidos da Interpol.
Contexto do caso:
Flávio Carrilho, nome artístico de Flávio de Castro Sousa, é natural de Candeias, Minas Gerais, e morador de Belo Horizonte. Ele viajou para a França a trabalho e chegou a Paris no dia 1º de novembro. Após cumprir seus compromissos profissionais, ele planejava passar as férias até o fim do mês. Flávio foi visto pela última vez no dia 26 de novembro, quando deveria pegar o voo de volta ao Brasil. A família foi informada pela companhia aérea Latam de que o check-in foi feito, mas Flávio não embarcou. A empresa não comenta casos de passageiros, segundo informações fornecidas.
No dia seguinte ao desaparecimento, um homem chamado Alex, com quem Flávio teria se encontrado durante a viagem, entrou em contato com um amigo do fotógrafo pelo Instagram, alegando que Flávio havia se acidentado e sido hospitalizado, mas recebeu alta no mesmo dia. A família também foi informada de que, em 26 de novembro, Flávio pediu para prolongar sua estadia no apartamento onde estava hospedado por mais um dia. Ele teria ido até lá, mas não respondeu mais a mensagens.
Em comunicado à imprensa, a família revelou que Alex informou que todos os pertences de Flávio, incluindo seu passaporte, foram retirados do apartamento após seu desaparecimento.
O celular encontrado em um vaso de plantas:
Após o sumiço de Flávio, sua mãe tentou contatá-lo diversas vezes por telefone. Na madrugada do dia 28 de novembro, um estranho atendeu a ligação. Por não falar português, ele passou o celular para um brasileiro, identificado como Denis, que trabalhava em um restaurante em Paris. Denis explicou à mãe de Flávio que o celular foi encontrado em um vaso de plantas, por volta das 7h do dia 27 de novembro, em frente ao restaurante.

NOTA DE REPUDIO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CANDEIAS MG
A Câmara Municipal de Candeias MG manifestou seu profundo pesar e solidariedade diante do desaparecimento do fotógrafo brasileiro Flávio de Castro Sousa, de 36 anos. Vaja integra a baixo o comunicado.
