A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) indiciou, na quinta-feira (10 de abril), uma mulher de 55 anos que foi presa por manter quatro mulheres em cárcere privado, dentro de uma casa apontada como local de prostituição no bairro Cidade Jardim, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, no dia 14 de fevereiro.
As vítimas, naturais de outros Estados, relataram à PCMG que eram mantidas em situação degradante pela suspeita, que lucrava com a prostituição alheia. Além disso, eram proibidas de retornar para suas cidades de origem, enquanto a investigada ficava com 60% dos valores recebidos pelos programas.
Conforme a delegada Larissa Mascotte, responsável pelo inquérito, as mulheres relataram que eram mantidas presas e obrigadas a trabalhar como garotas de programa para pagar estadia e despesas de custeio. “As provas produzidas indicaram que a indiciada estaria explorando o trabalho de diversas mulheres como prostitutas, impedindo-as de sair da casa de prostituição, da qual a investigada seria a proprietária”, ressaltou Mascotte.
Denúncia levou à prisão
De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), o esquema foi descoberto após uma das vítimas acionar a Polícia Militar. Os militares foram até o local e ouviram gritos de socorro. Diante da situação, arrombaram a porta da casa. A suspeita tentou se esconder em um porão, mas foi localizada e presa. As quatro mulheres foram resgatadas. Ainda segundo a polícia, a suspeita já possui histórico de exploração sexual.
“A suspeita detinha percepção dos lucros auferidos da atividade sexual realizada pelas vítimas, mediante ameaça, violência, coação ou tolhimento da liberdade sexual, incorrendo assim, também nas iras do artigo 330 do CP (rufianismo). Além disso, uma das vítimas relatou a autorização que os clientes tinham de usar a força física nos programas sexuais”, afirmou a delegada.
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