Gabriel de Jesus, de 33 anos, pai de dois filhos de 13 e 7 anos, atuava como monitor de boxe e segurança em uma boate de Almuñécar, município da província de Granada (Espanha). Na tarde de 4 de abril de 2025, ele marcou um encontro com o conterrâneo Fernando “El Vapor”, de cerca de 40 anos, em um bar da cidade, na tentativa de resolver pessoalmente uma série de ameaças que vinha sofrendo após tê‑lo expulsado do estabelecimento meses antes.
Segundo testemunhas e imagens de câmeras de segurança, Fernando chegou ao local com grande antecedência — cerca de meia hora antes do horário combinado — e proferiu insultos por meio das redes sociais, desafiando Gabriel a “provar coragem” frente a frente. Quando Gabriel apareceu, foi surpreendido por um golpe traiçoeiro e, em seguida, sofreu 14 perfurações, incluindo uma fatal no coração, desferidas com uma faca de lâmina longa (aproximadamente 24 cm).
Apesar do rápido acionamento dos serviços de emergência, que chegaram a despachar um helicóptero até o campo de futebol de Almuñécar para tentar levá‑lo ao hospital de Motril, Gabriel não resistiu aos ferimentos e faleceu antes de receber atendimento médico especializado.
Fernando permaneceu no local do crime até a chegada da Guarda Civil, quando foi detido e levado à Delegacia de Almuñécar.

O agressor, que já possuía antecedentes por episódios de violência na região, foi colocado em prisão provisória, sem possibilidade de fiança, pelo Juízo de Instrução nº 1 de Almuñécar, sob a acusação formal de homicídio qualificado.
Familiares e amigos de Gabriel promoveram protestos em frente ao Palácio de Justiça local, exigindo “justiça real” e a aplicação da pena máxima permitida pela legislação espanhola.
O episódio provocou comoção e mobilização dos moradores de Almuñécar, muitos dos quais se reuniram em vigília para prestar homenagem a Gabriel. O prefeito municipal, Juan José Ruiz Joya, fez um apelo público por calma e pediu confiança no trabalho das autoridades, embora reconheça a “rabia comprensible” diante da crueldade do crime.
Até o momento, o Consulado-Geral do Brasil em Madrid e demais autoridades diplomáticas ainda não emitiram posicionamento oficial sobre o caso, mas a família ressalta a importância de acompanhamento por parte dos órgãos brasileiros para garantir apoio jurídico e assistência emocional aos parentes de Gabriel.
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