Em meio à crise vivida pela Rede Globo, a emissora está enfrentando um processo judicial movido pela empresa Da Silva Projetos Luminotécnicos, que alega que a emissora usou indevidamente uma tecnologia patenteada em seus cenários de telejornais, como Bom Dia São Paulo e RJ1. Segundo a empresa, a tecnologia patenteada controla a luminosidade externa, permitindo a exibição de imagens panorâmicas das cidades na TV, e foi desenvolvida por Gilberto Alves da Silva, ex-funcionário da emissora da família marinho.
De acordo com a Da Silva Projetos Luminotécnicos, Gilberto Alves da Silva desenvolveu um equipamento motorizado que controla a incidência de luz solar por meio de placas de acrílico, sem comprometer a qualidade da imagem. A empresa alega que esse equipamento foi registrado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e acusa a Globo de ter copiado o projeto e as placas de acrílico essenciais para o controle da luminosidade.
A autorização para o uso desse equipamento foi concedida apenas para o estúdio em São Paulo, enquanto Gilberto Alves da Silva trabalhava na emissora. No entanto, a Globo teria expandido o uso dos cenários panorâmicos para outras localidades, como Rio de Janeiro e Distrito Federal, sem a devida autorização. A empresa afirma que a Globo violou a propriedade industrial ao usar o invento sem permissão.
A Da Silva Projetos Luminotécnicos solicita que a Justiça calcule o valor dos royalties para definir a indenização devida pela Globo. No processo, a empresa argumenta que todas as tentativas amigáveis de resolver o impasse foram esgotadas, restando apenas a via judicial para aplicar a norma vigente. A defesa da Globo, por sua vez, contestou as acusações e afirmou que elas são infundadas e sem respaldo probatório.
A emissora carioca alega que utiliza tecnologia da empresa Insulfilm, conhecida no setor automotivo, para bloquear a luz externa sem prejudicar a visão.
A emissora nega ter usado a tecnologia da Da Silva Projetos Luminotécnicos e afirma que as placas de acrílico fornecidas não atenderam ao propósito desejado, sendo posteriormente descartadas. Portanto, a Globo considera improcedente a necessidade de pagamento de royalties.
Em resposta à réplica, a Da Silva Projetos Luminotécnicos acusou a Globo de agir de má-fé ao tentar reproduzir a tecnologia patenteada por Gilberto com outro fornecedor.
A empresa solicitou uma intimação para que a emissora forneça os dados da empresa Insulfilm, mencionada na contestação, para promover sua inclusão no processo. A Globo ainda não respondeu publicamente às acusações feitas pela Da Silva Projetos Luminotécnicos.
Da Redação Na Rua News