O Presidente da República chegou em Kiev, na capital da Ucrânia, por volta das 07:30 desta quarta feira (23/08).
Marcelo Rebelo de Sousa desembarcou na estação ferroviária de Kyiv-Pasazhyrskyi, em Kiev, acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, pelo chefe da Casa Civil da Presidência, Fernando Frutuoso de Melo, pelos embaixadores Maria Amélia Paiva e Jorge Silva Lopes, o antigo dirigente do PS João Soares, o historiador José Pacheco Pereira e o empresário Luís Delgado.

Foto ANTÓNIO PEDRO SANTOS
O Presidente da República anunciou que vai encontrar-se com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, na quinta-feira, e com o primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmygal, além de participar na cimeira sobre a Crimeia.
“Amanhã [quinta-feira] será o dia de participar ativamente na celebração do Dia da Independência, ter encontros com o Presidente Zelensky, [e] com o primeiro-ministro”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, minutos depois de desembarcar.
Ainda hoje, o chefe de Estado português vai participar na cimeira organizada pela Ucrânia sobre a recuperação da Crimeia e tem prevista “uma ida a uma instituição que se dedica ao problema gravíssimo das crianças ucranianas” separadas das famílias pela guerra ou que são órfãs.
Durante a manhã, o Presidente da República esteve em Bucha, localidade nos arredores da capital que nos primeiros dias da invasão foi ocupada pelas Forças Armadas russas.
O Presidente entrou nas trincheiras, construídas pelos moradores durante a ocupação, e prestou homenagem às vítimas. Para Marcelo, este cenário de “resistência” pode ser comparado à primeira Guerra Mundial.
“É sempre diferente ver a fotografia e a cobertura na televisão e ver a realidade. Fez-me lembrar o que era fazer guerra há mais de 100 anos”, afirmou o Presidente português, referindo-se ao primeiro grande conflito mundial, que ficou conhecida como “guerra das trincheiras”.
Marcelo em Kiev “para dar continuidade à solidariedade portuguesa”
Esta é a primeira vez que Marcelo vai a Kiev desde o início da invasão russa. Já tinha sido convidado por Zelensky em maio do ano passado.
O Presidente da República disse que está em Kiev para dar continuidade à presença e solidariedade portuguesas para com a Ucrânia.
“O objetivo é múltiplo. Em primeiro lugar, é dar continuidade à presença portuguesa. Esteve aqui o primeiro-ministro, o presidente da Assembleia da República, várias vezes o ministro dos Negócios Estrangeiros, agora veio o Presidente da República. É Portugal presente a mostrar a sua solidariedade em todos os domínios”, sustentou Marcelo Rebelo de Sousa logo após desembarcar na estação ferroviária de Kyiv-Pasazhyrskyi.
O presidente de Portugal acrescentou que “tudo o que seja fundamental – e tudo é fundamental neste momento – na vida da Ucrânia, é fundamental na vida de Portugal”.
O chefe de Estado é a terceira alta individualidade do Estado Português a deslocar-se à Ucrânia, depois da visita do primeiro-ministro, António Costa, no dia 21 de maio de 2022, e do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, no início há cerca de três meses e meio.