Desde a década de 1980 que Portugal tem sido um dos países escolhido por vários estrangeiros para recomeçar a sua vida. No final dessa década o número de imigrantes rondava os 100 mil. Já na reta final do século passado, no ano de 1998, o número não ultrapassava os 180 mil imigrantes.
Trinta anos depois o cenário em Portugal é totalmente diferente. No ano passado, a população estrangeira a residir em Portugal atingiu um valor recorde nunca antes visto – mais de um milhão residiam no país. De acordo com dados provisórios, enviados ao Jornal de Notícias pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), em relação ao ano anterior foram mais 392 mil os que receberam um título e residência.
Estes números revelam uma uma subida de 130%.
No final da década passada, nomeadamente em 2018, não chegavam a 480 mil. Em 2022 subiram para os 800 mil e agora são mais de um milhão. Num período de apenas cinco anos, Portugal recebeu mais do dobro dos imigrantes.
Os imigrantes representam cerca de 10% da população portuguesa e chegam dos quatro cantos do mundo. 182 mil de países da União Europeia enquanto que 858 mil chegam de outras partes do mundo com forte peso dos Países de Língua Oficial Portuguesa. Há dois anos, a comunidade proveniente do Brasil equivalia a 30% do total de imigrantes em Portugal.
A entrada de imigrantes no país tem um forte impacto nos cofres do estado – em 2022 os 800 mil imigrantes contribuíram com mais de mil milhões de euros para a Segurança Social. Os imigrantes beneficiaram de cerca de 257 milhões euros em prestações sociais ou seja o saldo positivo do dinheiro dos imigrantes traduziu-se em mil e 600 milhões de euros.
Da Redação Na Rua News/ Sic Notícias