A produção de bimi, um legume criado a partir do cruzamento de brócolos e couves, multiplicou-se sete vezes mais desde 2015, graças à procura dos consumidores.
No país, hoje já são dez produtores e a área de cultivo passou de 10 hectares para os 80, o que torna Portugal o terceiro maior produtor da Europa, depois de Reino Unido e Espanha, segundo dados disponibilizados pela Sakata, empresa japonesa de sementes com representação em Portugal, que detém o controlo da cultura até à sua comercialização.
Grande parte da produção nacional está concentrada na região Oeste, onde as temperaturas amenas e frescas são propícias, seguindo-se o Ribatejo e o sudoeste alentejano.

Encontramos em Torres Vedras cidade que fica a 50 km de Lisboa uma plantação do legume que é o queridinho dos Ingleses, toda colheita da propriedade da Dona Dulce vai direto para Inglaterra.
Pra manter a planta bonita e saudável a proprietária faz irrigação por gotejamento onde uma mangueira com agua passa nos pés da planta e vai gotejando durante todo verão irrigando assim a plantação.
No inverno a colheita fica mais fraca devido ao frio e a forma de irrigação também muda nesse período usa-se a irrigação por aspersão onde a água cai em cima das folhas e dos brotos do legume.
Além da plantação de Bimi a agricultura cultiva também pimenta malagueta e uva, e tem orgulho em falar da plantação.
“Olha a gente vive na agricultura eu mesma venho pra cá cuidar da lavoura, aqui nesse pedaço plantamos o Bimi, ali do outro lado já temos as uvas, e lá em cima naquela encosta temos uma plantação de pimenta malagueta, da trabalho mas agente coloca todo amor do mundo nisso aqui , eu faço questão de colher pessoalmente o que foi plantando por mim e por minha família, toda essa colheita de Bimi que você ta vendo vai direto pra Inglaterra, é gratificante” Conta dona Dulce.

Meio milhão de toneladas de bimi produzidas em território nacional chegam aos mercados, sendo 65% da produção exportada e 35% absorvida pelo mercado nacional, podendo os consumidores encontrar os bimi à venda em qualquer hipermercado.
Nos mercados externos, os bimi portugueses são sobretudo exportados para o Reino Unido, mas também para países como França, Itália, Dinamarca, Alemanha, Polónia ou Finlândia, onde a procura tem aumentado e que, por isso, também começam a aderir à sua produção.
A Sakata controla toda a produção até à sua comercialização, autorizando a entrada de novos produtores, vendendo as plantas para os campos de produção de bimi e desafiando as centrais hortofrutícolas a se associarem na preparação e embalamento do legume a pensar nos consumidores.
Comestíveis na totalidade
Podendo ser produzidos durante todo o ano, os bimi concentram 80% dos custos de produção na mão-de-obra que, a par da falta de terrenos, são os principais problemas ao crescimento da cultura.

Quando entram em colheita, os bimi são colhidos três a quadro vezes por semana, sendo necessários 20 trabalhadores por cada hectare.
Os bimi são produzidos ao ar livre e colhidos desde o caule até aos floretes, enquanto as folhas são trituradas e servem de matéria orgânica para os campos.
São comestíveis na sua totalidade e ricos em fibra, potássio, cálcio, fosfato.
Possuem mais zinco, fosfato, antioxidantes e vitamina C do que os espargos, os brócolos, as couves e os espinafres e contêm o dobro de vitamina B6 das ervilhas ou cenouras.
Da Redação Na Rua News