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Aos 77 anos, Marina Abramovic não pensa em se aposentar: “Morrerei trabalhando”

Em Pernambuco para inaugurar sua primeira instalação pública na América do Sul e com a agenda já cheia para 2024 e 2025, entre mostras, montagens musicais e produções cinematográficas, a artista superstar fala com exclusividade à Vogue sobre o novo projeto na Usina de Arte, longevidade, espiritualidade, sexo aos 77 anos, moda e sua relação de longa data com o Brasil

Correspondente Lian Lucas Por Correspondente Lian Lucas
13/03/24 20h23 - Atualizado em 14/03/24 06h34
em Entretenimento
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Aos 77 anos, Marina Abramovic não pensa em se aposentar: “Morrerei trabalhando”

Aos 77 anos, Marina Abramovic não pensa em se aposentar: “Morrerei trabalhando”/ Foto: Divulgação

Desnecessário dizer que estávamos todos ansiosos pela chegada de Marina Abramović à Usina de Arte, na Zona da Mata Sul de Pernambuco. Apesar do farto acervo de obras de larga escala que os fundadores, Ricardo e Bruna Pessoa de Queiroz, exibem em seu parque artístico, não tinham até então um nome tão estelar como o de Marina entre suas atrações.

Nós, do time Vogue ali presentes, a aguardávamos, num misto de curiosidade e apreensão, para realizar este ensaio e conhecer, em primeira mão, o site specific Generator – primeira obra pública dela no Brasil e em toda a América do Sul. Marc Pottier, curador da Usina, nos acalmava: “Ela é sensacional. Além do fato que é uma superstar, é uma pessoa supernormal”. Dito e feito. Marina já chega dispensando qualquer cerimônia ou apresentação intermediada.

Caminha até mim, estende a mão, me olha nos olhos e diz: “Hi, I’m Marina”. Vasculha pela casa um lugar, escolhe uma das poltronas à sombra, na generosa varanda da casa-sede da Usina e assim damos início à nossa conversa.

Tento começar a falar da obra e de seu processo de realização, que levou cerca de dois anos, mas Marina não me deixa seguir. “Antes de tudo, quero falar da minha relação com o Brasil.” Também já havia sido alertado por Bruna: “Com Marina é assim: ela chega e define. Não tangencia assuntos, é direta e objetiva”. Dito e feito novamente.

A primeira vez de Marina no país, ela vai me contando com sua voz firme e aveludada, não foi meramente turística. Tinha acabado de realizar em 1988, ano anterior à sua primeira vinda, a performance The Great Wall: Lovers at the Brink, com seu então marido, o artista alemão Ulay, na Muralha da China, em que o casal percorreu 2,5 km da estrutura.

“Nessa longa caminhada, andei sobre diferentes minerais e percebi que a relação do chão e dos minerais que o formam está diretamente conectada com a nossa mente. Quando terminei, fui procurar o país que tem mais minerais no mundo, o Brasil”, explica.

Assim, segue narrando empolgada, veio parar, a bordo de um avião de carga que transportava até jumentos, em Serra Pelada – “me chamaram de maluca, tinham acabado de balear um cinegrafista que estava filmando cenas do Indiana Jones por lá”, recorda. Seu foco, ela ressalta, não era ouro.

“Estava interessada nos cristais: ametista, hematita, quartzo rosa… A partir daí, fui para Minas Gerais, Amazônia, percorri o país de Norte a Sul. Procurando essas pedras, não só descobri o Brasil, mas também defini o meu amor pela cultura brasileira, pelas suas diferentes formas e tradições”, completa ela, que, inspirada pela sua curiosidade brasilianista, lançou em 2016, na cola de sua mostra no Sesc Pompeia, o documentário Espaço Além – Marina Abramović e o Brasil, em que visitou terreiros, xamãs, tomou ayahuasca, entre outras experiências que manifestam, de alguma maneira, a existência de um mundo espiritual. “Sou interessada em tudo e acredito em tudo. Gosto de experimentar, viajar, ver e viver de perto.”

Marina Abramović/ Foto : Divulgação

A instalação que Marina criou para a Usina de Arte bebe diretamente dessas duas fontes: tanto a performance na China quanto sua pesquisa com minerais são visíveis em Generator, constituída por um grande muro de três metros de altura, dois metros e meio de largura, e 25 metros de comprimento, com 12 conjuntos de três pedras de quartzo rosa cada (vindas, claro, de Minas Gerais).

A ideia é que o público encoste a cabeça, coração e estômago nas pedras. “O quartzo rosa é o material certo para abrir o coração para o amor incondicional”, justifica. “Os povos antigos o utilizam em rituais”, complementa. Não à toa, a nova obra está instalada no topo de uma colina, o ponto mais alto de todo o parque e a 2 km da entrada da Usina. “Meu lema é: eu te dou a experiência, mas você tem que me dar seu tempo. Estamos viciados, não podemos mais viver sem relógio, sem computador, sem telefone.

Nunca reservamos tempo para nos desintoxicar de tudo. E este é realmente um dos objetivos deste trabalho, a desintoxicação da tecnologia.”

Testar os limites do físico e do psicológico são parte essencial de Marina, seja nos seus “objetos transitórios”, como Generator – “não gosto de chamá-los de esculturas, porque não existem por si próprios; o público tem que interagir com eles e ter a sua própria vivência” –, quanto em sua arte performática, trabalho que vem desenvolvendo desde os anos 1970 e que hoje transmite através de workshops no Marina Abramović Institute, atualmente com base em Karyes, na Grécia.

Dentre suas performances mais polêmicas, estão Rhythm Zero (1974), em que ficava imóvel ao lado de uma série de objetos disponíveis para utilização do público – entre eles armas e facas –, e The Artist Is Present, de 736 horas e 30 minutos de duração (o que equivaleria a cerca de um mês corrido), na qual sentou-se à mesa, muda, em frente ao público, que podia pegar uma fila para sentar com ela e encará-la por alguns minutos, como parte de sua retrospectiva no MoMA em 2010.

Assim, inclusive, a artista foi catapultada ao status de popstar, na arte e fora dela, batendo o recorde de visitação de público para um artista vivo no museu (850 mil pessoas) e a garantiu o título de “mãe” (ou, como se autointitula, “avó”) da performance art.

Aos 77 anos, e recém-recuperada de um revés avassalador que sofreu depois de uma cirurgia no joelho que gerou nela uma embolia pulmonar e a levou ao coma duas vezes no ano passado, Marina se dedica a testar também os limites da longevidade.

“Aconteceu essa coisa horrível e imprevisível comigo, mas uso tudo que aprendo em performance, concentração, respiração, exercícios. Definitivamente, estou focada em viver mais de 100 anos”, diz. “Não quero ficar doente e viver muito – quero ter saúde e viver muito. Nunca quis voltar aos 20 ou 30 anos, eu era uma bagunça. Quando envelhecemos, conquistamos uma sabedoria que não tínhamos. Ficamos muito mais felizes.”

Marina Abramović/ Foto: Divulgação

Seguindo essa filosofia, Marina lançou recentemente, em parceria com a terapeuta cazaque Nonna Brenner, sua linha de skincare. A Longevity Method traz produtos em edição limitada de 8.000 unidades, que contêm componentes inusitados como pão branco, bulbo de alho cru e vinho branco, só para citar alguns. “Gosto de reviver conhecimentos do passado que a gente esqueceu, dos nossos avós. Se você estiver doente, coma alho e cebola crus, são os melhores remédios”, defende a artista sérvia radicada em Nova York, cuja avó viveu até os 103 anos.

A fórmula para toda a energia não vem apenas daí – o amor também entra na equação, ela confessa. “Felicidade é tudo”, aposta Marina, que vive há sete anos um relacionamento com o produtor de cinema estadunidense Todd Eckert, 21 anos mais novo que ela. “Sempre estive com homens que tento mudar. E esse é um grande problema”, diverte-se.

“Mas você envelhece e desiste desse conceito. Todd é americano, mas muito diferente dos outros que não leem, não vão ao cinema e ficam pesquisando tudo no Google. Ele é incrível, interessante e motivado”, derrete-se. “Dizem que quando você entra na menopausa, não pode mais fazer sexo. Isso é ridículo. O sexo fica melhor depois.”

Outro amor que faz seus olhos brilharem intensamente, ela faz questão de falar, é a moda. “É uma paixão, mas sempre fui criticada por isso”, reflete. “Sou do tempo em que uma artista usar batom vermelho, pintar as unhas e se vestir bem significava que ela queria dormir com o diretor do museu e não tinha um trabalho sério”, ironiza ela que, só no último ano, protagonizou seis capas de revistas, entre elas da GQ alemã, da Vogue portuguesa e da AnOther Magazine.

O apreço fashion se revela ainda mais quando ela nos conduz ao quarto em que estava hospedada para mostrar suas malas, repletas de looks que pincelou de seu acervo pessoal para nosso shooting. Entre eles, criações da mineira Sonia Pinto, das labels nipônicas Comme des Garçons e Yohji Yamamoto, mais um vestido da também sérvia Roksanda Ilinčić, que ela não abriu mão de usar no ensaio. “A moda me ajuda a ser mais criativa, e encarnar um personagem diferente a cada dia”, conta, enquanto, cheia de perguntas sobre a cena brasileira, elegia com o nosso stylist Sam Tavares as peças que iria vestir.

Marina Abramović/ Foto:Divulgação

Mal se recuperou de seu problema de saúde, Marina caiu na estrada sem olhar para trás. Foi alvo de uma megarretrospectiva na Royal Academy of Arts em Londres, que terminou no mês passado e que agora está em Amsterdã, tendo sido a primeira artista mulher a ganhar ali uma individual nos mais de 250 anos de história da instituição inglesa.

“Foi a melhor mostra do ano no Reino Unido”, diz, sem a menor modéstia. Depois de inaugurar seu monumental site specific na Usina de Arte, vai lançar três livros e já está trabalhando, ao lado de Luciana Brito, galerista paulistana que a representa no Brasil, em uma nova retrospectiva para rodar a América Latina a partir do ano que vem, passando por Argentina, México, Chile e, claro, Brasil.

Está também em conversa para estrear no Metropolitan, em Nova York, com sua ópera 7 Deaths of Maria Callas, espécie de tributo à soprano grega, e tem engatilhado ainda um filme como cineasta chileno Paul Larraín. A agenda de 2025 também já está bookada, com estreia de um novo projeto, marcada para o Festival Internacional de Manchester, na Inglaterra. “Estou estudando sobre o conceito de erotismo [nas culturas] da Albânia, Bulgária, Romênia, Turquia, Grécia e Bálcãs para descobrir rituais sexuais que os povos ancestrais praticavam afim de se conectarem ao universo. Não tem nada a ver com pornografia, mas provavelmente será muito escandaloso”, adianta.

Resistência física, psicológica, muito trabalho, suplementação natural, amor, conexão espiritual e sabedoria ancestral – seriam esses os componentes que fazem de Marina um furacão incansável? “Morrerei trabalhando. A ideia de se aposentar é a pior ideia que um ser humano pode ter”, comenta. “Aposentadoria, o que significa isso? Sentar na frente da televisão e morrer? Isso não vai acontecer comigo.” Nem precisava dizer.

Da Redação Na Rua News

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Lian Lucas é jornalista com mais de 15 anos de experiência na comunicação brasileira e internacional. Atualmente, atua como correspondente em Portugal, onde é registrado na Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ) sob o número JE-254.Natural de Governador Valadares (MG), Lian iniciou sua trajetória na imprensa local e passou por emissoras de rádio e TV afiliadas à TV Brasil em São Paulo. Também integrou o maior grupo de comunicação do Mato Grosso, onde apresentou programas jornalísticos na Rádio Centro América FM e na TV Centro América, afiliada à TV Globo.Com passagens marcantes por veículos como G1, Primeira Página e TV Gazeta (ES), também atuou na Inter TV, afiliada da Globo em sua cidade natal. Desde 2023, vive em Portugal, onde trabalha na imprensa escrita e atua como correspondente internacional da SNC -TV NEWS-, levando notícias da Europa para o público brasileiro.

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